O Parlamento da Guiné-Bissau aprovou o Orçamento Geral do Estado (OGE) para o próximo ano com o voto favorável da bancada do principal partido da oposição, o PRS, do ex -Presidente guineense Kumba Ialá.
O Primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, disse aos jornalistas, após a votação, que ficou "agradavelmente surpreendido" pelo facto de o Partido da Renovação Social ter participado na votação favorável ao OGE, salientado que "os interesses nacionais falaram mais alto".
"Francamente, contava apenas com os votos da nossa bancada. Felicitamos a bancada do PRS, por ter demonstrado que quando estão em causa os interesses nacionais, estamos todos no mesmo lado", referiu Carlos Gomes Júnior.
O OGE para 2012, que o Primeiro-ministro considerou ser "o orçamento possível" devido à crise internacional e atendendo ao facto de ter um défice de cerca de 60 por cento que o Governo terá que ir mobilizar junto dos parceiros internacionais, foi aprovado com 88 votos a favor, 1 contra e uma abstenção.
Para Carlos Gomes Júnior, o facto de o PRS ter votado favoravelmente para a aprovação do OGE "demonstra que (esse partido compreendeu) que o Governo tem estado a
trabalhar bem", pelo que, frisou, resta agora que os parceiros comecem a desembolsar os apoios orçamentais prometidos ao país.
O Orçamento Geral do Estado para 2012 é de 115 mil milhões de francos CFA (cerca de 175 milhões de euros), embora tenha um défice de cerca de cerca de 54 mil milhões de francos CFA (82 milhões de euros).
Fonte da bancada do Partido da Renovação Social disse à agência Lusa que a votação do OGE "obedeceu aos critérios de responsabilidade política" que o PRS defende, mas tal não significará que não haverá fiscalização da execução orçamental.