quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Guiné-Bissau Maior partido da oposição procura consensos para tirar país da crise

A nova direcção do Partido da Renovação Social (PRS), principal partido da oposição na Guiné-Bissau, reuniu-se ontem (terça-feira) com dirigentes das quatro formações políticas com assento parlamentar em busca de consensos para o país.   
      
Segundo o novo secretário-geral do PRS, Florentino Pereira, a nova direcção do partido, eleita no último congresso realizado em Dezembro, pretende "construir pontes de entendimentos" no país, começando pela auscultação aos diferentes partidos.     
    
Em audiências separadas num hotel de Bissau, a nova direcção do PRS, encabeçada por Alberto Nambeia, reuniu-se com as delegações do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), da Aliança Democrática (AD) e do Partido da Nova Democracia (PND).  
         
"O PRS quer criar um espaço de diálogo. O país até aqui viveu momentos difíceis e estamos num momento especial em que é preciso encontrarmos uma solução para a crise que assola o país", defendeu o secretário-geral dos renovadores guineenses.  
      
Em nome do PAIGC, Augusto Olivais, secretário nacional do principal partido no parlamento da Guiné-Bissau, considerou o encontro de "frutífero", porque, notou, permitiu que dois partidos pensem o país.  
      
"Hoje o país está bloqueado. Sessenta por cento do Orçamento Geral do Estado do nosso país é financiado pelo exterior. O país está a afundar-se. 
Cabe-nos a nós, da classe politica, procurarmos as saídas para o bem do país", destacou Augusto Olivais, esperando "uma saída airosa" dos guineenses para os problemas do país.    
    
Vítor Mandinga, líder da Aliança Democrática sublinhou que o país "há muito que precisava de encontros do género", e Afonso Té, novo presidente do PRID, considerou de "salutar" a iniciativa da nova direção do PRS.  
      
A Guiné-Bissau vive um período de transição na sequência de um golpe de Estado em Abril de 2012, que depôs os dirigentes eleitos. A maior parte da comunidade internacional não reconhece os dirigentes de transição e cancelou todos os apoios.
 

Sem comentários:

Enviar um comentário