Resíduos sólidos urbanos têm sido uma das preocupações de maioria de
Estados no mundo contemporâneo e a Guiné Bissau não constitui excepção, de
entre diferentes resíduos nocivos a sustentabilidade ecológica e ambiental, o
saco de plástico, pilhas e vidros constitui preocupação e efeitos
incalculáveis, para os países em desenvolvimento, mas no entanto, vamos dedicar
essa nossa observação ao “fenómeno saco plástico” que devido a sua rápida
propagação e tardia decomposição, se tornou em ameaça ecológica.
Nos primeiros momentos o uso de sacos plásticos representava um sinal de
desenvolvimento e facilidade em embalar e transportar produtos de pequena,
media e até de grande porte, o que se entendia como bem-estar social na urbi e
com o tempo nas aldeias mais longínquas.
Esse hábito de uso, proliferador e facilidade de obtenção de plástico,
devido o seu variado tamanho e formato e ainda o custo acessível para todos em
todas as partes. Na Guiné Bissau até meados dos anos noventa, o uso excessivo
de sacos de plástico não era habitual, pois os modelos de sacos plásticos que
havia na altura era reutilizável num longo período e em diversas vezes, por
além disso, era usual que cada família tenha cesto para compras de legumes,
frutas e produtos de cozinha e uma espécie de bolsa (saco de tecido) que servia
para portar pães, quando do abastecimento e compras do mesmo.
De ano 1990 para ca, tem-se notado um recou em manter tais hábitos
conservadores ambientais, em detrimento do uso de sacos de plástico que devido
a sua abundancia e fragilidade não é reutilizado e é consequentemente deitado
ao solo, o que tem constituído uma preocupação das autoridades e seus parceiros
de conservação ambiental.
Não só o solo através de infertilidade das plantações e consequente
diminuição de produtividade nas colheitas,
a saúde e vida animal também é posta em risco, por consumo de plástico,
igualmente a sustentabilidade da biodiversidade marinha não foge a regra, por despejo
de resíduos sólidos urbanos, sobretudo, sacos plásticos nos rios e zonas
costeiras.
A.T.S
Sem comentários:
Enviar um comentário