O Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, defendeu uma solução ao conflito na Guiné-Bissau com o envolvimento de todos os actores políticos guineenses, soube a PANA na cidade da Praia, quinta-feira.
Jorge Carlos Fonseca, que falava depois de receber as cartas credenciais de Ahmed Maigida Adams como novo embaixador nigeriano na cidade da Praia, sugeriu uma "solução simpática" da crise a que seguiu o golpe de Estado de 12 de Abril na Guiné-Bissau.
Esta solução deve ser inserida num quadro abrangente, mandatado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e monitorizada pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e pela União Africana”, afirmou, considerando ser a estratégia indispensável para pôr termo à situação de estabilidade que prevalece na Guiné-Bissau.
O chefe de Estado cabo-verdiano aproveitou a oportunidade para propor à Nigéria a institucionalização de um mecanismo permanente de consulta bilateral ao mais alto nível para manter a sub-região africana livre de pirataria marítima, de acções terroristas, de ameaças do tráfico e do crime transnacional, tendo em conta o importante papel que o país mais populoso de África tem vindo a desempenhar na CEDEAO.
Justificou a proposta com a necessidade de combater esses fenómenos, ao mesmo tempo que manifestou a disponibilidade de Cabo Verde para, no âmbito da organização sub-regional, cooperar onde for possível.
O Presidente cabo-verdiano exortou o novo embaixador da Nigéria a trabalhar para o relançamento da cooperação entre os dois países, sobretudo nas áreas estratégica para a economia como a assistência técnica, a pesca, o comércio, a indústria e principalmente a aviação civil e a energia.
Sem comentários:
Enviar um comentário