O início da missão de vários organismos internacionais que vai inteirar-se da situação na Guiné-Bissau, previsto para hoje (segunda-feira), foi adiado por 24 horas devido à ausência da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), disse uma fonte oficial.
A missão, organizada pela União Africana (UA), compreende também, além da CEDAO, a ONU, a União Europeia e a Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP). Todos os elementos das várias entidades já chegaram a Bissau com excepção da CEDEAO.
Para hoje (segunda-feira) estava prevista uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de transição, Faustino Imbali, mas foi adiada para terça-feira de manhã, visto que se espera a chegada da delegação da CEDEAO na tarde de hoje (segunda-feira).
A missão destina-se a conhecer a situação da Guiné-Bissau oito meses depois de um golpe de Estado que depôs os dirigentes eleitos.
O Governo de transição não é reconhecido pela maior parte da comunidade internacional. Nomeadamente a CPLP tem exigido o regresso do país à normalidade constitucional, sendo a primeira vez que uma delegação desta entidade se desloca a Bissau depois do golpe de Estado de 12 de Abril.
Pelo contrário, a CEDAO tem apoiado as autoridades de transição.
A decisão de enviar a missão a Bissau foi tomada no início do mês em Addis Abeba, sede da União Africana, disse na semana passada o representante na capital guineense desta organização, Ovideo Pequeno.
"A missão vem ver com as autoridades de transição, com a sociedade civil, com o povo em geral, com os movimentos sociais do país, as possibilidades de se ter uma dinâmica local daquilo que se está a passar e apresentar recomendações que possam servir de base a um trabalho harmonizado da comunidade internacional", explicou na altura.
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