sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Guiné-Bissau Missão conjunta da comunidade internacional desloca-se ao país entre 16 e 21 deste mês


Uma missão de representantes de várias organizações internacionais vai estar na Guiné-Bissau entre 16 e 21 deste mês para se inteirar da situação do país, disse quinta-feira Ovídeo Pequeno, representante da União Africana (UA).  
 
Representante permanente da UA na capital guineense, Ovídeo Pequeno falava aos jornalistas à saída de uma audiência com o procurador-geral da Guiné-Bissau, Abdu Mané, a quem, disse, foi informar da chegada e dos objectivos da missão.   
 
De acordo com o diplomata de origem são-tomense, a missão, liderada pela União Africana, será integrada por representantes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana, União Europeia e Nações Unidas.   
 
De acordo com Ovídeo Pequeno, a decisão da deslocação da missão à Guiné-Bissau foi tomada numa reunião realizada no princípio deste mês em Addis Abeba, sede da União Africana.  
 
"A missão vem ver com as autoridades de transição, com a sociedade civil, com o povo em geral, com os movimentos sociais do país, as possibilidades de se ter uma dinâmica local sobre aquilo que se está a passar e apresentar recomendações que possam servir de base a um trabalho harmonizado da comunidade internacional", defendeu Pequeno.  
 
Questionado sobre se terá abordado com o procurador-geral guineense as alegadas denúncias de abusos dos direitos humanos na Guiné-Bissau, como tem sido referido pela comunidade internacional, o diplomata da UA disse que não.  
 
"A minha visita era para conhecer institucionalmente o procurador-geral da República e também falar-lhe da missão", vincou Ovídeo Pequeno, rejeitando a fazer uma análise à situação actual do país.  
 
"A mim não me compete fazer uma análise da situação do país, estamos a preparar a vinda da missão, depois quando ela chegar vai fazer a análise política daquilo que se está a passar", sublinhou o representante da UA em Bissau.  
 
A Guiné-Bissau é governada há oito meses por um governo e um presidente de transição, ambos designados na sequência de um golpe de Estado militar ocorrido a 12 de Abril. Com excepção da CEDEAO, a quase totalidade da comunidade internacional recusou reconhece as novas autoridades.

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